História da Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá-SE
Além da reunião de Familiares, de pessoas
das diversas cidades próxima e de outros Estados a Festa de Bom Jesus dos
Navegantes de Propriá é o maior acontecimento popular do Baixo São Francisco.
*Por
José Alberto Amorim
O maior acontecimento
do Baixo São Francisco
Através de pesquisas e da oralidade com pessoas idosas, a Festa
de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá, consta dos Primórdios do século XX,após
o fato de três pescadores na enchente de Januária, em 1906.Os pescadores
encontravam-se em uma canoa de Pescaria defronte da cidade de Propriá. Quando foram
atingidos por uma grande tempestade. Aflitos, clamaram por socorro ao Bom
Jesus, sendo imediatamente atendidos.
Anos adiante, a igreja teve conhecimento do ocorrido e,
através da Confraria de São Vicente de Paula, tomou a iniciativa em festejar o
Bom Jesus no último domingo de Janeiro de 1914, estendendo-se até os dias de
Hoje.
A solenidade em ação aos agricultores e rizicultores ribeirinhos
cujas produções dependiam do ciclo das águas, graças alcanças também pelos canoeiros
e pescadores, onde canoas e lanchas tinham grande importância como meio de
transportes do Baixo São Francisco.
A procissão fluvial percorre as margens direita e esquerda do
rio, entre as cidades de Propriá e Porto Real do Colégio (Alagoas).
O Cortejo com uma imagem do Bom Jesus era composto por canoas:
A canoa de Tolda “Marialva” era puxada pelo “vapor”, que vinha da cidade de Penedo.
Na sua chegada a Propriá, o paquete era saudado com fogos e sirenes de mais de
doze beneficiadoras de arroz da cidade, o que se repetia no seu retorno.
Atualmente o séquito é acompanhado por canoas, lanchas,
catamarãs. Jet-sky e bolsa que transporta a imagem do Bom Jesus.
Num passado recente, havia corridas de pequenas canoas à vela
e atividades náuticas, tendo como destaque a competição a nado, partindo da
cidade de Colégio à Propriá.
Tínhamos exímios nadadores, Zé Peixe e Rita Peixe (atualmente
morando em Aracaju). João Bate-asa (Falecido) e Pedro “Bulachão”, dentre outros
que faziam a travessia do “Velho Chico” com a maior naturalidade.
O Precursor dos “mastros”, que simbolizavam as canoas foi
José Maurício, o “Zeca Pelado”, do Bairro de “cima”, como era conhecida a parte
oeste da cidade, mais precisamente na hoje, rua Quintino Bocaiúva. Zeca Pelado,
além de tratar da organização dos festejos, era também responsável pelos
disparos de uma grande ronqueira.
“Após o advento do mastro do “Bairro de Baixo”, (Poeira), se
dá início a uma eterna disputa pela maior
queima de fogos de artifícios.
Além da reunião de familiares, de pessoas das diversas
cidades próximas e de outros Estados, a festa do Bom Jesus dos Navegantes de
Propriá é o maior acontecimento popular do Baixo São Francisco.
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