domingo, 19 de janeiro de 2025

História da Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá-SE

 


                 História da Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá-SE

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Além da reunião de Familiares, de pessoas das diversas cidades próxima e de outros Estados a Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá é o maior acontecimento popular do Baixo São Francisco.

*Por José Alberto Amorim

O maior  acontecimento do Baixo São Francisco

Através de pesquisas e da oralidade com pessoas idosas, a Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Propriá, consta dos Primórdios do século XX,após o fato de três pescadores na enchente de Januária, em 1906.Os pescadores encontravam-se em uma canoa de Pescaria defronte da cidade de Propriá. Quando foram atingidos por uma grande tempestade. Aflitos, clamaram por socorro ao Bom Jesus, sendo imediatamente atendidos.

Anos adiante, a igreja teve conhecimento do ocorrido e, através da Confraria de São Vicente de Paula, tomou a iniciativa em festejar o Bom Jesus no último domingo de Janeiro de 1914, estendendo-se até os dias de Hoje.

A solenidade em ação aos agricultores e rizicultores ribeirinhos cujas produções dependiam do ciclo das águas, graças alcanças também pelos canoeiros e pescadores, onde canoas e lanchas tinham grande importância como meio de transportes do Baixo São Francisco.

A procissão fluvial percorre as margens direita e esquerda do rio, entre as cidades de Propriá e Porto Real do Colégio (Alagoas).

O Cortejo com uma imagem do Bom Jesus era composto por canoas: A canoa de Tolda “Marialva” era puxada pelo “vapor”, que vinha da cidade de Penedo. Na sua chegada a Propriá, o paquete era saudado com fogos e sirenes de mais de doze beneficiadoras de arroz da cidade, o que se repetia no seu retorno.

Atualmente o séquito é acompanhado por canoas, lanchas, catamarãs. Jet-sky e bolsa que transporta a imagem do Bom Jesus.

Num passado recente, havia corridas de pequenas canoas à vela e atividades náuticas, tendo como destaque a competição a nado, partindo da cidade de Colégio à Propriá.

Tínhamos exímios nadadores, Zé Peixe e Rita Peixe (atualmente morando em Aracaju). João Bate-asa (Falecido) e Pedro “Bulachão”, dentre outros que faziam a travessia do “Velho Chico” com a maior naturalidade.

O Precursor dos “mastros”, que simbolizavam as canoas foi José Maurício, o “Zeca Pelado”, do Bairro de “cima”, como era conhecida a parte oeste da cidade, mais precisamente na hoje, rua Quintino Bocaiúva. Zeca Pelado, além de tratar da organização dos festejos, era também responsável pelos disparos de uma grande ronqueira.

“Após o advento do mastro do “Bairro de Baixo”, (Poeira), se dá início a uma eterna  disputa pela maior queima de fogos de artifícios.

Além da reunião de familiares, de pessoas das diversas cidades próximas e de outros Estados, a festa do Bom Jesus dos Navegantes de Propriá é o maior acontecimento popular do Baixo São Francisco.

 

 

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