PENSANDO A EDUCAÇÃO NA EPSG. ”JOANA DE FREITAS BARBOSA” NOS ANOS DE 1980 A 1996
Telmo Carlos de Oliveira
RESUMO
A
presente pesquisa foca no momento histórico da educação brasileira na Ditadura
Militar e o desenvolvimento dessa educação ditatorial na cidade de Propriá no
Estado de Sergipe através da Escola de Primeiro e Segundo Graus “Joana de
Freitas Barbosa” e tem por objetivo abordar como se processou a Educação nessa
unidade escolar no período que vai de 1980, ano da inauguração da Escola até o
ano de 1996 quando a LDBEN mudou de LDBEN 5.692/71 para 9.394/96 onde o sistema
educacional brasileiro passa por muitas mudanças, onde há perda de alguns
componentes curriculares no ensino com a mudança acima citada e ganha outros
pautados na nova LDB, trataremos do tema pelo viés histórico da unidade escolar
contextualizando com a educação nacional. A EPSG “Joana de Freitas
Barbosa” é uma das Escolas Polivalentes que foram implantadas e colocadas em
prática no Brasil do Regime Militar a partir das relações políticas no contexto
político internacional da Guerra Fria agindo na América Latina. O PREMEM
(Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio), foi o responsável pela
reforma do ensino brasileiro e pela implantação das Escolas Polivalentes. Coube
a esse Órgão do Governo Federal, organizar as Escolas Polivalentes. Estas
marcaram o contexto histórico desenvolvimentista brasileiro junto à política
internacional da Aliança para o Progresso e a Ditadura Militar no Brasil. O
modelo da Escola Polivalente foi uma cópia das escolas públicas existentes nos
Estados Unidos da América (EUA) para os excluídos da sociedade norte-americana.
Aqui no Brasil, essa rede de escolas tornou-se a responsável pela formação da
massa de trabalhadores flexíveis e obedientes à nova realidade de produção
brasileira. As Escolas Polivalentes nasceram junto com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação 5.692/71 que vai legalizar e oficializar toda a educação
básica no Brasil durante o Regime Militar. Todas as transformações ocorridas
são resultados dos programas político, econômico e ideológico da Aliança Para o
Progresso para evitar o Socialismo na América Latina. A EPSG. ”Joana de Freitas
Barbosa” foi inaugurada no ano de 1980, a Ditadura Militar ainda vigorava e
inicialmente ela teve o mesmo cunho que as demais brasileiras da rede de
Escolas Polivalentes, o objetivo era formar trabalhadores para contribuir com o
mundo do trabalho. É a primeira Escola Pública profissionalizante da cidade de
Propriá e por curto período foi uma escola modelo para as demais da cidade. A
metodologia que usada nessa pesquisa foi o uso de fontes bibliográficas,
entrevistas escritas com ex-alunos e professores da instituição as quais
estarão presentes nos anexos deste trabalho o principal resultado desta
pesquisa será ter dados históricos sobre a Escola de Primeiro e Segundo Graus
“Joana de Freitas Barbosa” para que no futuro toda a comunidade escolar e a
sociedade conheçam o processo histórico pelo qual passou a instituição.
Palavras-Chave: Escolas
Polivalentes, Joana de Freitas Barbosa, Formação do trabalhador.
INTRODUÇÃO
Escola de 1° e 2° Graus “Joana de Freias
Barbosa”, localizada na cidade de Propriá Município do Estão de Sergipe é uma
importante instituição de ensino que chegou à cidade nos anos finais do Regime
da Ditadura Militar e é uma das Escolas Polivalentes a qual foi implantada no
país pelo sistema da Ditadura Militar na Educação Brasileira, ela, como as
outras Escolas dessa rede foi pensada para preparar o trabalhador da região
para o mercado de trabalho do período.
A rede de Escolas Polivalentes nasceu no
início da Ditadura Militar e foi oficializada pela lei 5.692/71, a qual
afirmava que o ensino de Segundo Grau se daria após a conclusão do primeiro
grau (conclusão da oitava série) e deveria ter um caráter profissionalizante
para a formação de uma mão de obra qualificada, preparando técnicos de nível
médio. Foi com esse intuito que o Colégio Estadual “ Joana de Freitas Barbosa “
Surgiu em Propriá, para preparar os profissionais para o mercado de trabalho
dos quais a região era carente . o MEC/USAID disponibilizaram profissões em
todos os ramos do mercado de então em nível técnico nas áreas : comercial ,
industrial ,agrícola e normal todas as áreas disponibilizadas pelo MEC para as
escolas de segundo Grau de todo país somavam 73 profissões porém para a EPSG “
Joana de Freitas Barbosa” disponibilizaram apenas 3 além de científico que
foram os cursos de saúde ( Enfermagem), Administração e Pedagógico (
Magistério) e funcionava o primeiro grau da primeira a oitava série.
O objetivo do presente trabalho é
documentar a história e a memória de como se processou a educação na Escola de
1° e 2° Grau “ Joana de Freitas Barbosa” nos anos de 1980 a 1996, e para isso
buscamos diversos tipos de fontes como: fontes escritas, entrevistas com
professores , ex-diretores e ex-alunos como também consulta de sites e
internet.
Poderíamos ter dissertado sobre diversos temas
que a história nos disponibiliza, mas preferimos dissertar sobre a história
dessa conceituada instituição visto que pouco se sabe sobre o passado desta escola,
ou só se sabe o que os professores em conversas saudosas sobre o passado deixam escapar mas nada além
da conversa não se tem um registro seguinte
sobre a história do Colégio Polivalente da cidade Propriá e vendo a
necessidade da escrita de uma história para essa escola é que nos debruçamos
sobre os livros para pesquisar e configurar uma história para esta escola no
período mais remoto de que se sabe a respeito dessa escola e citar nomes que
fizeram acontecer o recorte da história da educação oferecida pelo governo
federal (por pouco tempo) e estadual em Propriá.
No presente trabalho será abordado sobre o
processo de educação que se procedia nas diversas salas de aula da Escola de
Primeiro e Segundo Graus “Joana de Freitas Barbosa” desde a sua inauguração no
ano de 1980 até o término da Lei 5.692/71 quando a escola passa a ter a denominação
atual - Colégio Estadual”Joana de Freitas Barbosa”. Dentro do processo
educacional considerado tradicional pois esse era o modelo de educação
promovido pela Ditadura Militar, sistema vigente no momento do surgimento da
escola.
Enquanto Escola de primeiro e segundo Graus a
escola vai ter uma grande importância para a comunidade não só da cidade de Propriá no Estado de
Sergipe , mas para quase toda a comunidade da Região do Baixo São Francisco do
lado de Sergipe e algumas cidades do entorno do lado do Estado de Alagoas,
visto que a cidade de Propriá é cidade fronteira com o Estado de Alagoas.
Graças ao trabalho desenvolvido por esta instituição em Propriá e na
região do entorno, houve um bom desenvolvimento e suprimento de profissionais
nas áreas atendidas existe na cidade e região diversos ex-alunos que passaram
pelas carteiras e pelas salas de aula dessa escola e que atuam no mercado de
trabalho de maneira competente, seja como administrador, seja como professor ou
como enfermeiro, visto que as áreas oferecidas pela Escola de Primeiro e
Segundo Graus “Joana de Freitas Barbosa” era respectivamente as áreas de: Administração,
Saúde (Enfermagem) em nível técnico e Magistério (Pedagógico) preparatório para
o ensino de 1ª a 4ª série do Primeiro Grau.
Apesar da grande importância que essa escola tem para a cidade e região
onde está inserida, nunca houve alguém que se interessasse por escrever sobre
ela, sendo esse o primeiro trabalho escrito sobre a história da mesma e assim
sendo, a história dela está se perdendo nos anos e alguns que por lá passaram
já se foram e com eles foi uma parte daquela história não só dessa escola, mas
também da educação em Propriá.
Essa pesquisa se torna relevante por ser o primeiro documento escrito
sobre a história da educação nesta escola, como foi frisada, esta é mais uma
escola que estava ligada à rede de Escolas Polivalentes espalhadas pelo Brasil
e que foram implantadas via acordos MEC/USAID. -Ministério da
Educação e Cultura - MEC. Agência dos Estados Unidos da América Para o
desenvolvimento Interamericano - USAID sendo
que a sigla está em inglês, através e com estes acordos vieram a reformular
todo o sistema de ensino brasileiro, desde a educação fundamental(1º Grau)
perpassando pelo nível médio chegando ao nível superior, e o órgão responsável
pela reformulação do ensino brasileiro foi o Programa de Expansão e Melhoria do
Ensino Médio - PREMEM ,assim sendo,
apreende-se que a educação no Brasil receberia diretamente a influência
norte-americana através desses acordos do MEC com a USAID e não foi de qualquer
forma que os americanos influenciaram, eles investiram pesado visto que
treinaram professores e os administradores educacionais controlaram o conteúdo
dos livros técnicos e didáticos e as Escolas Polivalentes foram o instrumento
que realizou todo o projeto dentro do cenário educacional brasileiro e a EPSG.
”Joana de Freitas Barbosa” que ocupou esse papel na educação propriaense. Apesar de ter sido uma educação ditatorial,
a esta escola pode-se dizer que atingiu grande parte dos objetivos que foram
propostos que foi
a formação de trabalhadores e suprir o mercado de trabalho carente de
profissionais e provamos isso através dos alunos dos profissionais formados
pelo trabalho da instituição onde muitos forma preparados para o trabalho na
região onde a escola está inserida nada mais provável que isso, hoje tem
professores, técnicos em enfermagem e administradores de empresas que se
formaram nesta instituição de ensino iniciaram sua vida neste ramo nas
carteiras dessa escola, e mesmo com todo esse sucesso, esse projeto de
educação vai caindo com a saída dos militares do poder e se
desfaz com a aprovação da LDBEN 9.394/96 quando o Ensino Médio deixa de ser
profissionalizante e pela força da lei a
escola recebe nova denominação passando a ser chamada “Colégio Estadual “Joana
de Freitas Barbosa””
O PANORAMA
EDUCACIONAL DE PROPRIÁ ANTES DE 1980
Durante muitos anos, a educação profissionalizante em Propriá e região
eram de cunho particular, as famílias tiravam da renda familiar para pagar a
educação profissionalizante dos filhos ou corriam o risco de nunca formar
profissionalmente os filhos. As escolas que ofertavam a profissionalização estavam
ligadas á Igreja Católica, as quais eram o Colégio Nossa Senhora das Graças,
Colégio Diocesano de Propriá, Escola Técnica de Comércio de Propriá e a última
escola estava ligada à (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), o Colégio
Cenecista “Santo Antônio” (extinto há alguns anos), com sede em João Pessoa.
Essas unidades escolares ofereciam Educação
profissionalizante e o Estado e o Município ofertavam apenas a educação
fundamental ou o antigo Primeiro Grau da Primeira, algumas delas ofereciam a
Educação Infantil ou a Pré-Escola até a 8ª série, a Escola de 1º Grau “Coronel
João Fernandes de Britto”, conhecido como Estadual, o Grupo Escolar “Graccho
Cardoso”, o Grupo Escolar “Professor Cesário Siqueira”, o Grupo Escolar “D.
Antônio dos Santos Cabral” ofereciam apenas até a quarta série, diante disso,
percebemos que o poder público não ofertava educação profissionalizante, logo
era urgente uma escola pública de qualidade para os jovens de Propriá e esta
escola seria construída no ano de 1979 e seria inaugurada no ano de 1980 ela
seria a Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”
O MOMENTO HISTÓRICO PARA A EDUCAÇÃO
BRASILEIRA
O Brasil vivia na parte final do Regime da Ditadura Militar quando a
EPSG. ”Joana de Freitas Barbosa” foi construída. Havia uma recente reforma no
ensino de 1º e 2º Graus (na educação básica) como também no ensino
universitário. O Governo Federal havia aprovado uma nova LDBEN no mês de agosto
do ano de 1971, a qual oficializava a rede de Escolas chamadas de Escolas
Polivalentes, as quais faziam parte dos acordos Ministério da Educação e
Cultura- MEC e Agência dos Estados Unidos da América Para o desenvolvimento
Interamericano - USAID. Segundo Piletti,
“(...) A reforma de 1971
modificou a estrutura anterior do ensino. O antigo Curso
Primário (de quatro a seis anos) e o antigo ginásio foram unificados
num
único curso de 1º Grau, com a
duração de oito anos.
Os ramos profissionais existentes no antigo ginásio – industrial,
comercial,
agrícola e normal – desapareceram. O ensino de 1º Grau não oferece for-
mação profissional, mas destina-se tão somente à educação geral (...)
Pela reforma de 1971, o ensino de 2º grau tornou-se todo ele profissiona-
lizante “ (...)
(Piletti, 1994 p.121,122)
Esse era o objetivo das Escolas Polivalentes, formar trabalhadores para
o mercado de trabalho. Esse foi um momento ímpar na história da Educação no
Brasil onde todas as decisões eram uma imposição e as leis e decisões sobre a
educação e /ou sobre outros setores eram impostos de cima para baixo e todos eram
obrigados a executar. O Início da Construção das Escolas Polivalentes foi no
período da Ditadura Militar no Brasil, após a assinatura dos acordos Ministério
da Educação e Cultura – MEC e Agência dos Estados Unidos da América Para o
desenvolvimento Interamericano - USAID, Silva diz: “Os militares que assumiram
o poder no Brasil em 1964 promoveram vários acordos de cooperação entre o MEC e a USAID
para reformar a educação brasileira” pelos
quais foram disponibilizados recursos financeiros, provenientes dos Estados
Unidos da América, para serem injetados na educação brasileira.
Portanto, a criação dessas escolas faz parte
da reforma educacional que estava prevista pela Lei nº 5.692/71, e que
reformulou o Ensino de 1º e 2º Graus em todo o território nacional, tornando o
Ensino de Segundo Grau obrigatório e profissionalizante. Dessa forma, o
objetivo central dessas escolas era preparar o trabalhador para o mundo do
tabalho. Essa rede de escolas profissionalizantes foi criada em condições de
imposição ditatorial e baseada na cultura escolar norte-americana e quando se
consolidou posteriormente, trouxe reflexos à formação inicial, principalmente à
comunidade local, conseguindo atingir os objetivos previstos no projeto de sua
criação mesmo que esses objetivos não tenham sido atingidos na sua totalidade
pelo menos em grande parte foi conseguido onde muitos jovens estudantes
galgaram a formação inicial através desse modelo de Educação.
A IMPLANTAÇÃO DAS ESCOLAS
POLIVALENTES
A USAID
Segundo Araújo,
“(...) Esta instituição estava
estritamente ligada à esfera da educação brasileira,
manifestando-se toda uma intenção de legitimar um projeto de
transformação
modernizadora da educação imposta à nacionalidade brasileira, com a
finalidade
de direcionar sua racionalidade pelo modo de produção capitalista (...)
A partir desta mobilização, o ensino primário e médio brasileiro foi totalmente
transformado: unificou-se o primário com o ginásio e profissionalizou-se
o colégio
e, dando continuidade a estas transformações, efetuou-se a mudança da
lei básica da
Normalização de ensino. Para oficializar estas mudanças, a partir de
então, criou-se a
Escola Polivalente no Brasil”.
ARAÚJO,
p.52e 53.
O PREMEM
O Programa de Melhoria para o
Ensino Médio – PREMEM, foi um órgão que resultou de um acordo firmado entre a
USAID e o MEC, foi o responsável por toda a reforma e estruturação dos
mecanismos de intervenção como também planejamento do treinamento dos
profissionais dos profissionais que foram e voltaram dos Estados Unidos da
América a fim de multiplicar no Brasil, através da ação educacional,
,” os conteúdos aprendidos na Universidade
de San Diego State Foundation College. O PREMEM foi o órgão responsável por reformar
o ensino brasileiro com a implantação, organização e consolidação das Escolas
Polivalentes”.
ARAÚJO,p.52 e 53
As Escolas Polivalentes foram instituições de Ensino Profissionalizantes
que foram implantadas no Brasil durante o Período da Ditadura Militar e foram
oficializadas pela lei 5.692/71 com o objetivo de formar trabalhadores e não
cidadãos trabalhadores os quais deveriam contribuir para o desenvolvimento
econômico e social do país e esta era a meta principal que estas escolas
deveriam atingir, formando um novo modelo de trabalhador no contexto econômico
do Regime Militar de 1964 -1985.
“Esse modelo de Escolas foi copiado
das escolas públicas que atendia as comunidades dos Estados Unidos
e tiveram no início seu planejamento e idealização no Brasil por uma equipe que
arquitetou todo o modelo baseado no modelo norte – americano adaptado à
realidade brasileira essa equipe
visava à melhoria do Ensino Médio e denominou-se de Equipe de Planejamento do
Ensino Médio - EPEM criada no ano de 1966 pelo Ministério da Educação e Cultura”.
ARAÚJO,
p.55
As Escolas Polivalentes são produto da reforma da Educação básica na
Ditadura Militar que tinha por objetivo proporcionar ao educando a formação
necessária ao desenvolvimento das potencialidades dos mesmos com elemento da
realização própria de cada um e preparação para o trabalho e para o exercício
consciente da cidadania e para isso foi introduzido no currículo as disciplinas
Educação Moral e Cívica e O.S.P.B por esses componentes curriculares eles
passavam ideias de engrandecimento do Regime Militar as reformas da Educação
básicas com também as Escolas Polivalentes
foram oficializadas pela Lei 5.692 e foram incumbidas de ser um modelo
de escola mas no tempo em que foram implantadas, isto é no Regime Militar
brasileiro , para ser implantada uma Escola Polivalente em um município ou
estado, o governo exigia um detalhe que julgamos importante: os terrenos de
construção das unidades escolares deveriam ser doados pelas Prefeituras
Municipais ou pelos estados , porém a
instalação deveria se feita mediante convênio entre o MEC, através do
PREMEM e os Estados. Ainda era tarefa do PREMEM o planejamento, construção e
equipamento dos estabelecimentos como também a preparação dos profissionais que
iriam atuar nas salas de aula diretamente com o aluno que seria o novo
trabalhador do futuro próximo, como também a formação de técnicos que
trabalhariam nas escolas nas áreas específicas todo esse pessoal eram
preparados em universidades brasileiras que reproduziam o conhecimento vindo
dos EUA de forma intensiva, de forma prática, esse modelo de ensino desaguou
nos cursos profissionalizantes do Ensino Médio deixando de lado de certa forma
o avanço da juventude em busca da universidade, assim sendo os que se formavam
no Ensino Médio era a grande massa e estavam dispostos a trabalhar por qualquer
salário, era esse o trabalho que as Escolas Polivalentes realizavam, dava a
formação técnica, mas sem muita ambição por parte do trabalhador visto que este
não podia ir muito longe apenas com o Ensino Técnico.
O Currículo e os
Métodos de Ensino das Escolas Polivalentes
As Escolas Polivalentes foram criadas para serem escolas modelos e
Centros de Excelência. Pode-se dizer, com a finalidade de preparar os alunos
para a futura vida profissional, suprindo a carência do mercado de trabalho por
mão de obra qualificada. Sendo assim, a criação dessas escolas faz parte da
reforma educacional oficializada pela LDBEN 5.692/71 a qual se fez também
presente no currículo das escolas. O currículo do 1º e 2º Graus, que chamamos
hoje de Educação básica foi reformulado visto que não se poderia reformular a
escola sem mexer no currículo sendo este também copiado da educação
norte-americana. Nesse novo currículo o 2º Grau era obrigatório e
profissionalizante.
A ESCOLA DE 1º E 2º
GRAUS “JOANA DE FREITAS BARBOSA”
A Escola de 1º e 2º Graus “D. Juvêncio de
Britto” ( primeiro nome dado à Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”
) foi criada pela lei, Nº 4.281 de 05 de fevereiro de 1979, pelo então Governador José Rollemberg Leite, pelo
convênio firmado entre a União Federal através do MEC e o Estado de Sergipe no
dia 20 de fevereiro de 1975( 2º acordo MEC-BIRD, executado pelo PREMEM.
No dia 13 de Março do ano de 1979, um mês e seis dias depois da criação
da Escola “D. Juvêncio de Britto” o mesmo governador José Rollemberg Leite
decretava uma nova lei criando a Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas
Barbosa” e o decreto de criação entrava em vigor a partir do mesmo ano, porém
só houve a revogação do nome de EPSG. ”D. Juvêncio de Britto” no dia 10 de
Julho de 1980 através do decreto de revogação número 4.703, já pelo governador
Augusto Prado Franco e pelo Secretário
de Estado de Educação e Cultura
Antônio Carlos Valadares, ou seja, a Escola em estudo tinha dois nomes oficiais
por um ano. O segundo informação de Entrevistados, o primeiro diretor foi o
professor Júlio Diniz Mendonça.
Esta escola desde o início do funcionamento
está ligada à Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, através da Diretoria
Regional de Educação - DRE’06 com sede na cidade de Propriá-Sergipe.
Foi esperada com grande expectativa pela
população da cidade visto que esta seria a primeira escola pública que
ofertaria o 2º Grau e daria oportunidade aos jovens que desejassem dar
continuação aos estudos do Primeiro Grau com um Segundo Grau
profissionalizante.
“A recepção da escola na cidade foi com
grande expectativa, pois seria a primeira
Escola pública de 2º Grau na cidade,
dando oportunidade a todos os jovens que
desejavam dar continuidade aos estudos
e especialização para o mercado de
de trabalho”.
(RIBEIRO, Professor da Instituição em estudo)
Entrou em funcionamento em 1980 quando
da inauguração, o prefeito de Propriá era o Senhor Antônio Guimarães de Britto (ARENA) 1977-1982 essa informação foi
confrontada com a placa de inauguração da Escola e o sites da internet da
Wikipédia e chegamos a essa conclusão.
(Wikipédia, 16 de fevereiro de 2015)
O Terreno da Escola Foi doado pelo Senhor
João Barbosa Porto que ao doar o terreno ao Estado fez a exigência que o
Colégio Polivalente teria que ter o nome da Esposa dele Joana de Freitas
Barbosa que havia falecido no ano de 1974, caso contrário, o Estado pagaria o
valor correspondente ao preço do terreno e não se sabe por que se colocou o
nome da Escola primeiramente de “D. Juvêncio de Britto” visto que já havia um
acordo com o Estado de o nome da escola ser “Joana de Freitas Barbosa”, o certo
foi que após um mês com o nome de “D. Juvêncio de Britto”, a Escola Recebeu o
nome atual. “Joana de Freitas Barbosa”. Diferentemente do que se esperava que a
prefeitura doasse o terreno para a construção da escola, pois uma das
exigências do Governo Federal era que a Prefeitura Municipal ou o Estado doasse
o terreno para a construção das escolas, mas, no caso da cidade de Propriá, quem
fez a doação do terreno da escola foi o Senhor João Barbosa Porto quem doou o
terreno para a construção da EPSG. “Joana de Freitas Barbosa”, com a exigência
acima mencionada.
As resoluções 185/1980 do CEE/SE concederam autorização para funcionar
oferecendo o ensino de 1º e 2º Graus. Em 1985 entrou em funcionamento da 5ª a
8ª série do 1º Grau amparado pela resolução 185/80 em 1986 houve a implantação
imediata da 1ª a 4ª série do 1º Grau amparado pela resolução 106/1986. O Curso
de formação para o Magistério teve seu início no ano de 1984 tendo sido
legalizado através da resolução 195/85. Outros cursos foram implantados em 1985
foram o 2º Grau sem habilitação, Assistente de Administração e Auxiliar de
Enfermagem, regularizados pela Resolução 257/87. Segundo um documento emitido
pelo diretor Gileno Oliveira Filho, o curso de auxiliar de enfermagem não
funcionou no ano de 1990 por falta de professores habilitados na área da saúde.
A EPSG. “Joana de Freitas Barbosa” foi inaugurada aproximadamente uma
década depois das Escolas Polivalentes do restante do país. Como as demais
escolas dessa rede Esta escola foi pensada para ser um centro de referência profissionalizante.
Foi primeira escola pública da cidade de Propriá a oferecer Educação profissional,
as que existiam antes dela eram todas de cunho particular.
Como as demais escolas da rede polivalente a EPSG “Joana de Freitas
Barbosa” 180 dias letivos, distribuídos em 90 dias por semestre e cinco dias
por semana.
O artigo 17 da Lei 5.692 afirmava
que “o ensino de 1º Grau destinava-se a formação da criança e do pré –
adolescente, variando em conteúdo e métodos
segundo as fases de desenvolvimento dos alunos”
Na realidade: de acordo com depoimento de ex-alunos e ex-alunas, os
métodos de ensino pouco variavam, apresentando quase sempre a simples
transmissão de conteúdos, (apesar de no início ter havido uso de aulas de
laboratório mas aos poucos essa prática foi sendo diminuída até deixar de
acontecer). Era a prática vigente na época, onde somente o professor falava e o
aluno reduzia-se ao papel de mero ouvinte, sem uma oportunidade de participar
das aulas ativamente, esse é o chamado método tradicional vigente na maioria das
escolas brasileiras de então, essa é a escola tradicional da qual muito de nós
somos frutos e ainda lutamos contra esse modelo de educação ainda hoje, as
Escolas Polivalentes foram concebidas nessa linha de pensamento pedagógico e a
EPSG “Joana de Freitas Barbosa” não estava fora desse padrão de ensino.
Quanto às avaliações eram aplicados testes, provas escritas e
subjetivas, trabalhos escritos ao pé da letra, sabatinas, estudos dirigidos,
arguições e decoração da tabuada e de verbos. Aquele aluno que não atingisse a
média no caso da EPSG. ”Joana de Freitas Barbosa” a média era 5,0 faria estudos
de recuperação final ( só existia uma recuperação, a do final do ano letivo) e
ainda se o professor” cismasse” do aluno esse aluno seria reprovado sem dó e
nem piedade nós como aluno da referida instituição passamos por essa experiência
por duas vezes. A escola era obrigada
por lei a fazer estudos de recuperação final com os alunos.
Apesar de a Lei 5.692/71 afirmar no artigo 14 que “a verificação dos
rendimentos escolar ficaria na forma do regimento escolar e a cargo dos estabelecimentos
de ensino, compreendendo a avaliação do aproveitamento e a apuração da
assiduidade”, sendo que a predominância seria nos aspectos qualitativos na
EPSG. ”Joana de Freitas Barbosa” a
predominância sempre foi dos aspectos
quantitativos.
De forma generalizada a educação era composta por cinco áreas de estudo
as quais destacamos a seguir:
Área de Comunicação e Expressão, abrangia as disciplinas de : Língua
Portuguesa, Educação Artística, Língua Estrangeira( Inglês/Francês) e Educação
Física.
-Área de Estudos Sociais que incluía as disciplinas: História,
Geografia, Educação Moral e Cívica (EMC), Organização Social e Política do
Brasil (OSPB).
-Área de Ciências e Matemática era constituída pelas disciplinas de:
Ciências Físicas e Biológicas, Programas de Saúde, Matemática e Ensino
Religioso.
A outra área era Biblioteca, oferecida somente para a 5ª série, ( essa
área não era ofertada na EPSG. ”Joana de Freitas Barbosa”
A Formação Específica era composta pelas três áreas econômicas:
*A Primária: olericultura, Jardinagem, Fruticultura, industriais de
produtos alimentícios, zootecnia.
* Secundária: Artes Gráficas, cerâmica, eletricidade, Madeira, Metal,
Mecânica.
*Terciária: Miniempresa comercial, atividades comerciais, atividades
bancárias, atividades de escritório, datilografia, habitação e decoração.
Na Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”, apenas parte
desse currículo da formação específica era ofertado, outras nunca aconteceram.
O processo de implantação e consolidação desse modelo voltado para o trabalho
precisou-se de maior atenção por parte da Secretaria de Estado da Educação.
Com esse currículo acompanhava as disciplinas de Práticas Agrícolas,
Técnicas Comerciais, Artes Industriais e Educação para o Lar, havia Laboratórios
de Ciências, Química e Física e oficina de Artes Industriais onde o trabalho
prático acontecia além do Escritório Modelo para simulação do trabalho bancário
e empresarial, como também tipografia, datilografia, entre outros cursos.
Por ser uma escola pública e
sujeita a problemas como qualquer outra do gênero A EPSG. “Joana de Freitas
Barbosa” também teve seus problemas com falta de professores e de recursos
humanos e materiais onde professores podiam ser desviados para diversas áreas
do ensino mesmo não tendo a formação devida, coisa que era muito comum
acontecer nas escolas brasileiras. Observe-se a escrita de um dos professores
da Instituição em estudo é formado na área de Estudos Sociais que era uma das
áreas ofertadas nas universidades no período da Ditadura Militar:
“No começo lecionei (...) geografia e história, da 5ª à 8ª Série do
primeiro Grau,
Depois, ed. moral e cívica e OSPB (Organização Social e Política
Brasileira);
além de introdução á administração, contabilidade e custos, mecanografia
e literatura
nos cursos técnicos
profissionalizantes”.
(RIBEIRO, professor da
Instituição em estudo)
A citação acima é parte da entrevista
concedida por um dos professores desta escola na fala dele se percebe um
problema que foi comum nos tempos da Ditadura Militar, e o problema citado por
ele era muito comum no tempo, professores que lecionavam fora da sua área de
conhecimento para acomodar situações peculiares da educação e a EPSG. “Joana de
Freitas Barbosa” também passou por vários percalços no seu início, mas foi uma
das escolas da cidade de Propriá que sempre procurou fazer um serviço sério na
Educação pública na Cidade de Propriá e no Estado de Sergipe.
O NOME DA
ESCOLA
A
escola em estudo teve duas
denominações até o ano de 1996 ano
limite da nossa pesquisa o nome combinado no ato da doação do terreno no ano de
1975 foi Joana de Freitas Barbosa, mas por fatos desconhecidos quando da
criação da escola deram o nome de Escola de 1º e 2º Graus “D. Juvêncio de
Britto” um mês após essa denominação o mesmo governador voltou atrás no dia 13 de março de 1979 ,criando a Escola
de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa” denominação esta que na sua
integralidade durou até 1996.A escola em estudo é conhecida na cidade e região
pelo nome de POLIVALENTE e a explicação que dão a esse nome é que ela tinha
muitos cursos e de fato tinha mas o verdadeiro motivo e que esta escola
pertencia a uma rede de escolas com esse nome.
A DIREÇÃO DA ESCOLA
Era constituída pela figura do
Diretor, Vice- Diretor e Coordenação Pedagógica além da Supervisão Escolar.
A
BIBLIOTECA
Ficava situada no Bloco “A” e foi considerada a biblioteca mais completa
da região com um grande acervo das diversas áreas do conhecimento humano, como
enciclopédias, Dicionários da língua portuguesa e de línguas estrangeiras, atlas,
livros técnicos , religiosos, científicos, uma gama de obras literárias tanto
brasileira como universal, porém com o passar dos anos o acervo foi ficando
ultrapassado sem se atualizar além de alguns volumes desaparecerem das estantes
sem explicação o acervo perdeu-se.
A SALA
DE LEITURA
Ficava em frente a Biblioteca e foi montada
no ano de 1985 com a Professora de Francês: Margarida Maria Melo ou como
gostava de ser chamada Margot nessa sala continha uma gama de histórias infantis
e infanto-juvenis como também adulta a sala era decorada com motivos regionais,
lá sempre havia concursos de desenho sobre o que se lia, lá se criava poesias
resumos de obras e se colocava o nome
dos alunos que mais liam durante o mês, era uma forma de incentivo à
leitura.
A SALA DE DATILOGRAFIA
Situava-se no Bloco “B” nessa sala tinha várias máquinas de escrever dos
modelos mais avançados a época onde se realizavam os cursos de datilografia
onde o aluno saía habilitado com o diploma de datilógrafo.
A
GRANJA
Os alunos também aprendiam a lidar com aves e atrás do Bloco “D” Existia
uma granja onde se criava galinhas para que o aluno pudesse aprender a lidar
com avícolas.
O ESCRITÓRIO MODELO
Era também chamada de sala de
Técnicas Comerciais, lá o aluno aprendia a lidar com a vida no comércio
a preencher notas promissórias, recibos, e todo o dia a dia da vida no comércio.
OS LABORATÓRIOS
Ficavam localizados no Bloco “B” ,Existia laboratório de Química, Física
e Biologia equipados com todo o tipo de instrumentos , réplicas do Esqueleto e
do corpo humano e tornarem o ensino afim de tornarem o ensino dessas ciências
mais eficaz ,aos poucos foram se perdendo as peças e instrumentos de
laboratórios e por fim não eram mais usados ficando apenas as salas fechadas e
sem sentido.
A SALA DE ARTES INDUSTRIAIS
Situava-se no Bloco “B” Equipada com todo o material para oficina,
olaria, tipografia e todo o tipo de instrumento a fim de colocar o aluno em
contato com o mundo do trabalho, porém pouco se usou esse material e esta
grande sala teve o mesmo fim que os laboratórios. Geralmente essa sala era
destinada para o ensino dos alunos do sexo masculino enquanto as alunas ficavam
na sala de Educação para o Lar.
A SALA DE
EDUCAÇÃO PARA O LAR ( O Lar Modelo)
Situava-se no Bloco “B” - era uma grande sala, lá continha toda a
mobília de uma residência com todo tipo de peça de cozinha, decoração e
baixelas como também de inox, tudo de acordo com a época, foi montada para que
as alunas aprendessem bem o ofício de dona de casa e prendas do lar, nessa aula
geralmente só participavam as alunas a fim de aprenderem os ofícios do lar como
costurar, cozinhar dentre outros.
SALA DE MECÂNICA
Situava-se no Bloco “D” (hoje bloco “E”) usada para se ministrar curso
de mecânica para a comunidade pelo que se consta, essa sala pouco foi usada.
É
impossível se falar do Polivalente de Propriá e não se lembrar de alguns nomes
que fizeram parte dessa instituição nesse período foram eles: D.Édula Cunha,
Professor Prata, Professor Ciro, Professor Zeca, Professora Mª José Gonçalves, D.
Noélia Bento, Izabel Prata, Gileno do Carmo(Gileninho), Gileno Oliveira Filho (
Gilenão), Jorge Maia, Marcelo Gois, Rosa Maria Nunes, Conceição Dantas,
Francisco Lisboa, Eloísa Prata, Marquinhos( inspetor de Alunos), Professor
Messias, Rosimeire Nascimento, Antônio Pereira, Professor Tibúrcio, Professora
Prazeres, Professora Creuza Barros , Robério da Silva, Lúcia Cardoso, o
professor Expedito,Acácia, Maria de Jesus, Alzira, Elenilva, Tereza Kummer,
Conceição Lino, Professor Antônio Nunes, Professor Eraldo, Professora Maria da
Paz, Professor Geraldo Melo, Vera Lúcia Morais, Edilma, Norma Maria, Célia,
Marlete, Anselmo Ramos, professor Jussiêr, Professora Cássia, Professora
Glaucíria, Professora Inês, Professora Conceição Soares, a Professora Ana
Lucia, dentre outros que passaram por essa instituição fizeram a história dela
acontecer de maneira brilhante dentro das condições que dispunham enquanto
profissionais da educação do seu tempo. Esses e outros profissionais formaram a
atual geração de profissionais que atuam na cidade e no entorno de Propriá e
outros que estão espalhados pelo Brasil, Muitos deles ainda estão realizando
sua missão m muitos já se encontram aposentados e outros já não estão entre
nós, mas nas salas de aula do Polivalente realizaram aquilo que de melhor
sabiam fazer, que foi passar o conhecimento necessário à preparação de outros
alunos dentre os quais esse que redigiu esse artigo.
O escudo da escola foi outorgado pela
Secretaria de Estado da Educação e não se sabe que o criou e o mesmo é comum em
outras unidades escolares é com ele que se identificam os documentos oficiais
da escola junto com o selo de Sergipe, através dessa pesquisa tentamos
adaptá-lo à realidade que a escola está inserida e dar um significado local,
ele é constituído de dois círculos, um dentro do outro entre os dois se
identifica a escola. Os dois círculos emolduram um livro aberto com uma tocha e
umas chamas acesas, abaixo da identificação existem dois losangos um dentro do
outro e ladeando os losangos existem duas palmas que deduzimos ser de arroz, as
cores do escudo e da escola são: branco, azul e vermelho.
O Fardamento da EPSG. “Joana de Freitas
Barbosa”
O primeiro fardamento da escola
era camisa branca com o escudo em azul e vermelho, tinha gola em “V” azul
marinho. Na parte dorsal da camisa existia o nome Polivalente em Vermelho com
letras garrafais de forma arredondada, a calça era Jeans e tênis branco. Em
desfiles da independência usava-se a calça branca. No ano de 1991 o professor
Gileno Oliveira Filho era o diretor da unidade escolar e em consonância com o
corpo docente ousou mudar a cor da camisa para azul turquesa e modelo gola Polo
branca com frisos azuis e vermelhos, o nome Polivalente da parte dorsal
permaneceu no novo fardamento só que se usou as letras garrafais em branco, a
calça jeans permaneceu e o tênis branco junto. E nos desfiles, a tradição da
calça branca ainda permanece, ao longo do tempo, houve outras pequenas mudanças,
mas o azulão do Polivalente é bem conhecido nas ruas da cidade e torna o aluno
do Polivalente conhecido.
DESCRIÇÃO
DO ESCUDO DA EPSG. “JOANA DE FREITAS BARBOSA”
O Círculo
“ Na
simbologia das formas, o círculo é associado ao ponto e ambos podem ser
considerados como sinais supremos de perfeição, união e plenitude, o círculo é
também sinónimo de movimento, expansão e tempo. Representa ainda o céu, o
firmamento(...)”
( Infopédia, jan. 2016)
Dentro de dois círculos em azul Marinho sobre o tecido Branco que
fazendo referência a pureza do conhecimento e ao branco da bandeira da cidade
que representa o arroz beneficiado ou o Escudo em Branco sobre o fundo azul que
representam o céu noturno da cidade de Propriá iluminado pela tocha sobre o
livro aberto fica a Identificação do Colégio que originalmente era: Escola de
1° e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”(Homenagem à esposa do doador do
terreno onde está construída à Escola o Sr. João Barbosa Porto) após a mudança
da LDBEN 5692/71 para 9394/96 mudou-se o nome para Colégio Estadual “Joana de
Freitas Barbosa” na Gestão da professora Maria
Izabel Santana Prata.
O Livro aberto
Dentre os muitos simbolismos
e significados que o livro traduz encontramos: sabedoria, ciência, revelação,
manifestação, veículo da mensagem divina ou mesmo um símbolo do próprio
universo é também o tradutor de conhecimento, no escudo da escola traduz
exatamente a exposição do conhecimento e da sabedoria que a escola através do
quadro docente expõe em suas salas de aula.
(Falabonito. wordpress, jan.2016)
A Tocha
A tocha é um típico emblema de
iluminação espiritual e conhecimento. Com relação à escola, representa a
iluminação do entendimento que clareia a todos que têm acesso ao conhecimento e
a chama em vermelho representa o fogo e a luz que ilumina.
(Wikipédia, jan.2016)
As Palmas de Arroz que Ladeiam o Losango
Representa o arroz não
beneficiado que também está presente na Bandeira da Cidade e representa a
economia de Propriá, próximo aos anos que a Escola foi construída a Bandeira da
Cidade tinha sido aprovada pela Câmara de Vereadores eis a causa da semelhança
entre os elementos, representa também o trabalho da patronesse da escola, Joana
de Freitas, que amava trabalhar na várzea de arroz com o esposo João Barbosa
Porto.
Losango inclinado
Significa velocidade e rapidez. De acordo
com a heráldica, o losango é uma figura geométrica que remete para a
feminilidade. Assim, uma possível interpretação para o losango contido no
escudo da escola, também é o cuidado que a escola tem para com os alunos e
todos os que dela dependem, por o losango ser uma figura plana, representa a
igualdade que a escola deve tratar a todos os envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem e ainda representa a figura da própria Joana de Freitas que
era uma figura feminina e mãe de muitos filhos.
(Significados, jan.2016)
As Cores do Escudo e da Escola
As cores da escola e do escudo
são três: Azul, a mais usada, o branco e o vermelho usada com menos frequência.
O Azul
É a
cor do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a
personalidade e sutileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das
cores frias. No caso do azul da Escola representa o céu noturno de Propriá
o qual é uma referência à cor presente na bandeira da Cidade.
(Significadodascores.com, jan.2016)
O Branco
A cor branca significa paz, pureza
e limpeza. É também chamada de "cor da luz" porque reflete todas as
cores do espectro. A cor branca reflete todos os raios luminosos proporcionando
uma clareza total. O branco é símbolo da paz, no caso da escola além de
toda essa simbologia representa o arroz beneficiado remetendo à bandeira o qual representava a Economia da
Cidade na época da Construção e primeiros anos da Escola.
(Google.com, jan.2016)
O Vermelho
A cor vermelha significa paixão, energia e excitação. É uma cor quente.
Está associada ao poder. O vermelho é a cor do elemento fogo, do sangue e do
coração humano no caso, com relação à escola representa o período
ditatorial em que a Escola foi pensada e construída, representa um período de
repressão e violência para com o povo brasileiro o vermelho representa a
Educação imposta pela Ditadura Militar através das Escolas Polivalentes que
apenas formava cidadãos para o mercado de trabalho, mas não cidadãos
conscientes, representa além de tudo isso, o calor do sol sobre a nossa cidade,
a energia e o trabalho docente presente nos eventos executados pela Escola e a
paixão de todos que por ela passam além de representar o fogo através da luz da
chama que conduz ao conhecimento Científico, Humano e Cultural.
(Google.com, jan.2016)
Os Eventos Organizados Pela
Escola e a Importância da mesma para a
cidade
A EPSG “Joana de Freitas Barbosa” não atuava apenas como um mero centro
de ensino, mas como um apoio a eventos como palestras, seminários, retiros e
como núcleo de apoio a outras unidades escolares por causa das suas amplas
instalações e era equipada com quadras e laboratórios e lar modelo a serviço de
outras escolas estaduais do município, ela recebia constantemente eventos nas
suas dependências sem, no entanto comprometer a rotina dela mesma. Além disso,
produzia eventos como a Garota Poli no qual se escolia a Garota mais linda da
Escola esse evento já fazia parte do calendário da Escola depois esse evento
passou a escolher o Garoto Poli também, havia ainda a “Poliquermesse”, o
Poliforró, semanas culturais e Feiras de Ciência, entre outros eventos, esses
eventos realizados na escola, contribuíam muito para o envolvimento da
comunidade escolar e a sociedade adentrava as portas da escola para prestigiar
os eventos.
No desfile de sete de setembro a escola sempre primou por colocar na
avenida informações voltadas para o tema sugerido pela Secretaria de Estado da
Educação e outros temas conectados os quais as direções decidem junto com a
comissão do desfile é a escola mais aguardada pelo público na avenida.
A
FANFARRA POLIVALENTE
Além do aluno e professor da escola o maior patrimônio pode-se
considerar a Banda de Fanfarra que foi fundada no ano de 1983, três anos após a
inauguração da escola este agrupamento de alunos teve como primeiros
instrutores os professores Hamilton Nascimento e Elder Melo de Oliveira esta
banda se apresenta quando se faz necessário, mas é mais comum se apresentar nos
desfiles cívicos de sete de setembro dia em que se comemora a Independência do
Brasil a primeira apresentação aconteceu
no dia 07 de setembro de 1983 no desfile cívico daquele ano na primeira
apresentação a banda era composta de 160 componentes segundo as palavras do
instrutor atual , o professor Elder Melo de Oliveira, a banda teve alguns
outros instrutores, são eles: Hamilton Nascimento no ano de fundação, professor
Elder ( o próprio) instruiu do segundo
ao décimo ano, o professor Luizinho instruiu a banda no décimo primeiro ano, o
professor Juraçi no décimo segundo ano. O professor Marcelo do décimo terceiro
até o décimo quinto ano e o professor Elder novamente do décimo sexto ano até o último desfile. No ano
de 2013 a fanfarra polivalente completou 30 anos e houve uma grande
apresentação por parte dos componentes, na avenida e foi formado um pelotão de
componentes de desfiles de anos anteriores hoje são 33 anos de desempenho ao longo
da história da escola e seis instrutores.
A Banda de Fanfarra tem um grande histórico
de sucesso em suas apresentações nos anos de 1996 ( Até aqui é onde se detém
nossa pesquisa histórica) e 1997 foi destaque no desfile de Aracaju. Foi
considerada a melhor banda nos desfiles da cidade de Aquidabã em todos os anos
que lá se apresentou.
No Ano de 2002 a Fanfarra ganhou o prêmio de melhor banda escolar no
desfile da cidade de Porto da Folha.
Em 2010 e 2011 foi considerada a melhor banda escolar no desfile da cidade de Igreja Nova no Estado de
Alagoas.
Em todas as vezes que se
apresentou em Japoatã foi considerada a melhor banda do desfile nas
apresentações que fizeram.
E no desfile da Cidade de Propriá é sempre a banda e escola mais
aguardada da avenida trazendo muita expectativa para o público que assiste ao
desfile, sempre ficando por último nas apresentações.
O primeiro nome da Banda era Banda Polivalente no ano de 2001 após a morte de um componente
a direção da Banda resolveu homenageá-lo visto que era um componente bem
atuante e colocou-se o nome da Banda de Banda de Fanfarra Tiago Silva Prata,
quando uma das direções assumiu, por motivos os quais não convém comentar neste
artigo, não aceitou o referido nome.
O nome atual da Banda é Fanfarra Simples Polivalente, tem o nome simples
porque as cornetas (instrumentos de sopro da banda são todas lisas) por isso o
motivo de ser chamadas Fanfarra Simples.
no ano de 2012 por motivos de direção a banda não
desfilou, ficando o vácuo na avenida, nos anos de 2014 e 2015 por motivos de direção não houve
apresentação ( lembrando que o recorte temporal da nossa pesquisa é de 1980 até
1996)
(
Informações cedidas pelo Professor Elder Melo de Oliveira,
Instrutor
atual da Fanfarra Simples Polivalente )
QUEM FOI
JOANA DE FREITAS BARBOSA?
Joana de Freitas Barbosa nasceu na cidade de Propriá no dia 30 de agosto
de 1890, perdeu a mãe ainda na infância e foi criada pelo pai o Sr. José
Agripino. Sabe-se que estudou o ginásio completo o que era muito na época,
Casou-se com o Senhor João Barbosa Porto ao qual lhe deu 23 filhos, foi uma mulher dedicada à família e ao trabalho
na lavoura, na plantação do arroz junto ao esposo, após não poder mais o
trabalho pesado passou a negociar com vários produtos entre eles peixe, vendia
costuras artesanais enviando-as ao Rio de Janeiro e vendia tecido para essa
região onde nasceu. Já o Senhor João Barbosa Porto, nasceu no dia 29 de agosto
de 1886.Filho de José Antônio da Silva e
a Sr.ª Antônia Teles de Menezes, aos cinco anos perdeu a mãe, indo morar na
cidade de Capela com os tios e padrinhos o Sr. Tobias e D. Clarinha, o senhor
Tobias era dono de uma ferragem e era professor e foi com ele que o menino
Janjão, como era conhecido o Senhor João Barbosa Porto, estudou, e era muito
ligado à Igreja, aos 12 anos Janjão foi trabalhar em Japaratuba na loja de
tecidos do Senhor Manoel Aguiar de Menezes. Veio para Propriá a convite do Sr.
Marcolino Silveira, proprietário de uma loja de Tecidos e por causa do desejo
de conhecer Propriá e suas belezas naturais e o Rio São Francisco com as Canoas
de Tolda e de suas lendas ele chegou a Propriá no dia 1º de janeiro de 1906 e
como era muito religioso ao chegar aqui começou a frequentar a Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, e por causa do seu
trabalho conquistou muitos bens mas não ficou para ele com seu trabalho ajudou
muito à cidade de Propriá do seu tempo, dou o terreno onde se situa o Cemitério
Municipal, o Terreno da Caixa d’água com
a condição de sua família não pagar água e isso nunca aconteceu a família paga
sim, segundo uma das filhas dele ele reformou a igreja de Nossa Senhora do
Rosário e entre outros feitos dou o terreno do Colégio que leva o nome da
Esposa dele “Joana de Freitas Barbosa”, essa era uma exigência que o nome da
Escola tivesse o nome da Esposa dele a qual foi cumprida. Por isso a ligação de
João Barbosa Porto com a nossa pesquisa, ele doou o terreno ao Estado de
Sergipe para a construção da escola de primeiro e 2º Graus “Joana de Freitas
Barbosa” a sua esposa e companheira a qual faleceu no dia 02 de dezembro de
1974, ela não chegou a ver essa doação visto que só foi feita no ano de 1975 e
a escola construída no ano de 1979 e inaugurada no ano de 1980.o Sr. João
Barbosa Porto faleceu no dia 20 de janeiro de 1978 dia do feriado dedicado a
São Sebastião. Ambos repousam no Cemitério Municipal da Cidade de Propriá a
maior parte da família mora na Capital Sergipana e somente alguns membros da
família na cidade de Propriá.
*Grande parte das informações
dessa entrevista foi dada pela neta do casal João Barbosa Porto e Joana de
Freitas Barbosa a Senhora Maria Cristina Barbosa Porto.
Conclusão
A partir dessa pesquisa passamos a conhecer melhor um recorte da
História da Educação brasileira e seus reflexos na cidade de Propriá através da
criação da Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa” como também o
impacto que causou sobre o desenvolvimento da educação não só de Propriá, mas
também de toda a região do Baixo São Francisco visto que essa escola atendia a
toda a população da região, oferecendo uma educação profissionalizante gratuita
a toda a população da cidade e dos seus arredores. O modelo de Escolas
Polivalentes tem sido na história e memória da educação brasileira um exemplo
daquilo que era um novo modelo de educação e escola que nasceu de um contexto
de relações políticas e econômicas internacionais para a formação da
mão-de-obra trabalhadora no auge do Regime Militar e seu projeto
desenvolvimentista colocado em prática por meio da educação oferecida às
camadas populares. Assim esse projeto de escola e educação cumpriu em parte a
reprodução dos valores do Imperialismo norte-americano no Brasil. Historicamente
datado por meio do Regime Militar. Ela pode não ter atingido cem por cento dos
seus objetivos mas profissionalizou a muitos jovens que não podiam enfrentar o
nível superior que na época custava muito e deu a base para muitos seguires
suas carreiras profissionais dentro das áreas escolhidas.
Os acordos MEC/USAID e a vontade dos Militares que se encontravam no
poder naquele momento foram os responsáveis por essa página da História da
Educação Brasileira. Os acordos entre o Brasil ditatorial e os EUA demonstram
que os governos militares pensavam a educação como uma questão técnica e sendo
assim a técnica passou a permear nas questões que diziam respeito a educação e
achavam que os educando eram um produto
de troca que deveriam ser lapidados para a garantia de um país desenvolvido. É
basicamente esse o sentido da Ditadura Militar na Educação e as Escolas
Polivalentes eram a vitrine de amostra que eles tinham para enganar a
sociedade.
REFERÊCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
-ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2 ed. (revista e
atualizada)São Paulo: Moderna,1998.255p.
_ARAÚJO, José Alfredo de. A USAID, o Regime Militar e a Implantação
das Escolas Polivalentes no Brasil.
Disponível em www.revistaepistemologi.com.ar/biblioteca/07
ARAUJO (1).pdf. Acesso em 15 de janeiro de 2016.
-ROCHA, Paulo Felisberto da. Como fazer uma pesquisa científica? –
Uma
-SILVA, Edson
Armando; SANTOS, Franciele Luneli; DENIPOTI, Cláudio. Métodos e Técnicas de Pesquisa em História II. Ponta Grossa:
UEPG/NUTEAD, 2011.110 p.
-XAVIER, Antônio Carlos. Como fazer e apresentar trabalhos
científicos em eventos acadêmicos. Recife: Editora Rêspel, 2010 177 p.
- SILVA,
Marcos. História da Educação Brasileira.
São Cristóvão/SE: CESAD. 2009 170 p.
-PILETTI,
Nelson. História da Educação no Brasil.
São Paulo: Ática, 1994,173 p.
-Almanaque
Abril-1981. O ensino de 2º Grau. São
Paulo: ed. Abril: 1980.
p.93, 784 p.
Propriá.
Disponível em:
- https://pt.wikipedia.org/wiki/propriá.Acesso
em16 de fevereiro de 2016.
Referencias das fontes para a descrição do
Escudo do Polivalente
Disponível
em:
http://www.infopedia.pt/$circulo-%28simbologia%29
Acessado em 12.01.16
https://falabonito.wordpress.com/2006/10/22/o-simbolismo-do-livro/
Acessado em 12.01.16
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tocha-
Acessado em 12.01.16
http://www.significados.com.br/losango/
Acessado em 12.01.16
http://www.significadodascores.com.br/significado-do-azul.php.
Acessado em 12.01.16
https://www.google.com.br/?gws_rdsslqqualosignificadodobranco.
Acessado em 12.01.16
https://www.google.com.br/?gws_rdsslqqualosignificadodovermelho.
Acessado em 12.01.16
ANEXOS
ESCUDO DA ESCOLA DE 1º E 2° GRAUS “JOANA DE
FREITAS BARBOSA”/ ATUALMENTE C.E. “JOANA
DE FREITAS BARBOSA”.

ENTREVISTAS COM
PROFESSORES
ENTREVISTA COM O PROFESSOR GILENO OLIVEIRA FILHO, EX – DIRETOR DA
ESCOLA NO PERÍODO DE 10/07/1990 A 31/01/1993.

Universidade Federal de Sergipe / Universidade Aberta do Brasil
Polo: Propriá-SE - Departamento de História
Componente Curricular: Prática de Pesquisa
Professor: Hemerson Alves de Menezes – Tutor
a Distância: Marcelo Santos
Licenciando: Telmo Carlos de Oliveira
Entrevista Sobre o C.
E. “Joana de Freitas Barbosa” – Propriá- Professor
Parte 1
Nome: Gileno Oliveira Filho(pode
ser fictício)
Idade: 58 anos Sexo:
Masculino
Formação: Nível Superior
Tempo de serviço na docência: 33
anos – Aposentado
Série/ano/ciclo que leciona ou
lecionou
2º Grau / Ensino Médio
______________________________________________________
Parte II
1. Qual o cargo exercido além de
professor na E.P.S.G. “Joana de Freitas Barbosa”?(caso teve).como chegou a essa
posição na Escola?
R. Além de professor, exerci o cargo de Diretor no período de 10/07/1990 à
31/01/1993.Cargo antes exercido por
indicação política.
2. Fale do seu trabalho como
(função que exerceu fora o magistério) na Escola.
R. Apesar de exercer o cargo de Diretor a função de professor sempre
esteve presente no meu dia a dia, pois, estar Diretor significa lidar com uma
série de atividades que envolve: Planejamento, Estudo, Disciplina, Coordenação,
Convívio com alunos, pais, professores, etc. Então eu diria que ser Diretor é
ser um “Professor Cientista em Educação.”
3. Fale da sua vida como
professor no E.P.S.G. “Joana de Freitas Barbosa”.
R. Ser professor na EPSG. “Joana de Freitas Barbosa” foi a minha maior
experiência profissional e de vida, pois, através do ensino(Educação) pude realizar alguns dos meus sonhos e
objetivos e realizar parte do que sou e tenho hoje: Família, rentabilidade e
algumas realizações que ainda virão.
4. Qual (is) Componente(s)
Curricular (es) e/ ou cursos o(a) Senhor(a) lecionou?
R. Vários na minha Área como:
- Administração de Empresas.
- Administração Comercial.
- Administração Financeira e Contábil.
Pude atuar também em áreas como:
- Psicologia
-Sociologia
-Artes
-Formação do Magistério.
5. O nome dessa escola foi sempre como é hoje
ou houve alguma mudança ao longo do tempo?
R. O nome da Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”-
popular Polivalente sempre esteve presente desde a sua inauguração, e continua
até os dias de Hoje.
6. Qual o nome da Escola na Época
que o (a) Senhor (a) trabalhou?
R. O mesmo.
7. Além de “Joana de Freitas
Barbosa” a Escola tem outro nome pelo qual é conhecida “Polivalente”, por que o
(a) senhor (a) acha que tem esse segundo nome?
R. O nome popular “Polivalente”, se deve em função de que a escola
tinha uma gama de cursos onde o aluno
podia optar em ser um profissional em Mecânica, Eletricidade,
Enfermagem, Administrador, Professor.
8. Por que a Escola recebeu este
(e)s nomes?
R.O nome “Joana de Freitas Barbosa” se deve em homenagem a doadora do
terreno onde hoje se localiza o espaço
físico da escola.
9. Quando Esta escola chegou a
cidade de Propriá? Que ano foi inaugurada?
R.O “Colégio Joana de Freitas Barbosa” foi inaugurado no ano 1979.
10. A que órgão Estadual ela está
ligada?
R. A Secretaria de Estado da Educação.
11. A E.P.S.G. “Joana de Freitas Barbosa” foi pensada
para ser uma Escola de Cursos Profissionalizantes, ela sempre cumpriu esse
papel?
R. Enquanto os cursos duraram, eu diria que sim. Após o término de
alguns cursos eu diria que também perdendo o seu papel de “formador
profissionalizante” e por fim, hoje, perdeu o seu total aparato técnico e
profissional.
12. Como se procedia a Educação
Profissionalizante quando foi ofertada por esta escola?
R. Todos os cursos Profissionalizantes tinha sua capacidade de formar o
individuo através de aulas, laboratórios, estágios, além de possuir material e
execução de projetos.
13. Quais eram esses cursos
ofertados pela escola, por que acabaram?
R. Cursos Administração de empresas, Curso Técnico em Enfermagem, Curso
Técnico em Magistério, além de Mecânica, Eletricidade e Química de laboratório, Artes, Ministrador
de Cursos de Curta duração.
14. Quando Iniciou o Ensino
Fundamental ou o (1º Grau)? E como era ofertado esse nível do Ensino nesta
Escola?
R. O Ensino Fundamental funcionava de 1ª a 4ª série e da 5ª a 8ª série
do Primeiro Grau.
15. Como era a estrutura física
da Escola quando foi inaugurada e durante o período do nosso estudo (1980 a
1996)?
R.A Estrutura Física permaneceu inalterada até a pouco tempo, algumas
reformas na rede elétrica de conservação
foi o muito que ocorreu na sua longa
vida, mas de 02 anos para cá aconteceu algumas mudanças no seu interior e
ampliação/ criação de alguns outros espaços como quadra de futebol e mais algumas poucas.
16. Se possível fale como foi a
recepção da cidade com a chegada dessa escola.
R. É como se hoje fosse inaugurada uma “Universidade” com vários cursos
em Propriá para atender e suprir as necessidades da nossa cidade e região.
17. Como se constituía a Direção
da Escola no período de 1980 a 1996?
R. A Direção da escola não só nesse período com em parte dela se dava
pela figura do Diretor, Vice-Diretor, e dos Coordenadores,
18. Se possível enumere os
diretores que passaram por ela durante esse período.
R. Luiz Fernando, Geraldo Melo, Luciano Teles, Gileno Oliveira, Rosimeire
e outros.
19. Cite nomes de professores que
passaram por a Escola no período de 1980 a 1996 que deixaram sua” marca”.
R. Professor (a): (O entrevistado não respondeu essa questão)
20. Quantos fardamentos oficiais
a Escola já teve? Houve alguma mudança nesse fardamento? Quando? E com qual
diretor?
R. Ao longo da sua vida o “Joana de Freitas Barbosa”, possuiu 02
fardamentos, o primeiro que foi até meados dos anos 1990 e o segundo que deu
início em 1991.Onde o professor/Diretor da época Gileno Oliveira Filho
introduziu aquele que marcou até hoje como sendo pioneiro pelo estilo, cor e
identificação do aluno do Polivalente.
21. A Escola tem um Escudo, o (a)
senhor (a) sabe o que significa?
R. O Escudo representa a marca
daquela que foi a maior e melhor escola do Ensino Médio e Fundamental da nossa região. Pelo seu aprendizado pioneiro
na formação e qualidade de ensino.
22. Sabe explicar o Escudo da
Escola?
R.( No item anterior)
23.A Escola tem alguma música
oficial?
R. Não que eu saiba.
24. Quais as cores da Escola?
R. Azul ( predominante), branco e vermelho
25. O Que o (a) senhor (a) sabe
sobre a fanfarra da Escola?
R.A Fanfarra se deve “ á Banda Instrumental da Escola” pela variedade
instrumental, quantidade de instrumentos, qualidade musical e principalmente na
formação de alguns profissionais da música instrumental, que criaram e conduziram como Prof. Elder, o
Funcionário Jura e outros.
26. Como é constituída
atualmente?
R. Atualmente não sei.
27. Como acontecia o processo de
Ensino-Aprendizagem na Escola entre 1980 a 1996? E as avaliações como se davam?
R.O Processo Ensino-aprendizagem se dava através da Grade Curricular
estabelecida pela Secretaria da Educação apenas com algumas flexibilidades
locais. As avaliações eram periódicas: 02 avaliações no 1° Semestre e 02
avaliações no Segundo Semestre.
28. Cite exemplos de ex-alunos
que se destacaram na sociedade com alguma profissão.
R. São vários os ex- alunos que hoje ocupam cargos e profissões nas
mais diversas áreas.
29. A Escola promoveu vários
eventos ao longo da sua História, dentre eles os desfiles de 7 de setembro onde
é a escola mais aguardada na avenida, fale desses eventos que o Polivalente
promovia.
R. Além do sete de setembro, a escola promovia também todos os anos a “Feira de Ciências” que ocorria sempre
no 2º Semestre de cada ano. Além do “Poliforró”
que acontecia sempre antes dos Festejos Juninos no período da nossa gestão no
final de cada ano promovíamos a festa da “colação
de grau” da turma do Magistério.
30. Para o(a) Senhor(a) O que
representa O Colégio Polivalente de
Propriá?
R. Toda escola tem que representar a parcela de responsabilidade na formação. E atender as
necessidades de seus alunos, suprindo assim o mercado de trabalho nas suas
necessidades e atividades profissionais.
31. Fale sobre o Currículo da
Escola nesse período.
R. Para o momento que nossa
gestão se fez, já havia a necessidades de mudanças curriculares, pois, as
mesmas já não acompanhavam as mudanças que se faziam presentes. Hoje, porém,
temos a certeza que as mudanças são uma
necessidade e motivo pelo qual a escola já não atende aos anseios e formação de
seus cidadãos. Carece de mudanças urgentes que possam atrair de volta os nossos
alunos a uma formação necessária e presente no Mercado de Trabalho.
Eu, Gileno Oliveira Filho, portador da C.I. 187139-SE
autorizo a quem se fizer necessário
o uso deste documento (entrevista), para fins didáticos e profissionais.
Propriá (SE), 16 de
Fevereiro de 2016
Gileno Oliveira Filho
ENTREVISTA COM O PROFESSOR MARCELO JOSÉ G. RIBEIRO

Universidade Federal de Sergipe / Universidade Aberta do Brasil
Polo: Propriá-SE - Departamento de História
Componente Curricular: Prática de Pesquisa
Professor: Hemerson Alves de Menezes – Tutor
a Distância: Marcelo Santos
Licenciando: Telmo Carlos de Oliveira
Entrevista Sobre o C.
E. “Joana de Freitas Barbosa” – Propriá- Professor
Parte 1
Nome: Marcelo José G. Ribeiro
Idade: 50 anos Sexo: Masculino
Formação: Estudos Sociais
Tempo de serviço na docência: 25 anos
Série/ano/ciclo que leciona ou
lecionou:
Do 6º ao 3º ano do Ensino Médio
Parte II
1. Qual o cargo exercido além de
professor na E.P.S.G. “Joana de Freitas Barbosa”?(caso teve).como chegou a essa
posição na Escola?
R. Iniciei no ano de 1986 como oficial administrativo.
2. Fale do seu trabalho como
(função que exerceu fora o magistério) na Escola.
R. No começo ficava responsável apenas pela transcrição das notas do
diário de classe para a ficha individual do aluno. Depois fui acumulando
funções como datilógrafo, bibliotecário
e professor substituto.
3. Fale da sua vida como
professor no E.P.S.G. “Joana de Freitas Barbosa”.
R. No ano seguinte, precisamente, no segundo semestre de 1987, fui
convidado para assumir a sala de aula, substituindo uma professora que havia
entrado em licença, na condição de
“desvio de função”, devido à carência do quadro docente da escola.
4. Qual (is) Componente(s)
Curricular (es) e/ ou cursos o(a) Senhor (a) lecionou?
R. No começo, com geografia e história da 5ª à 8ª série do Primeiro Grau, depois, educação
moral e cívica e OSPB(Organização Social
e Política Brasileira); além de
introdução à administração, contabilidade e custos, mecanografia e
literatura nos cursos técnicos profissionalizantes.
5. O nome dessa escola foi sempre como é hoje
ou houve alguma mudança ao longo do tempo?
R. Antes era Escola de 1º e 2º
Graus “Joana de Freitas Barbosa”, depois
, Colégio Estadual “Joana de Freitas Barbosa”.
6. Qual o nome da Escola na Época
que o (a) Senhor (a) trabalhou?
R. Era Escola de 1º e 2º Graus “Joana de Freitas Barbosa”, embora, só
funcionava o grau profissionalizante.
7. Além de “Joana de Freitas
Barbosa” a Escola tem outro nome pelo qual é conhecida “Polivalente”, por que o
(a) senhor (a) acha que tem esse segundo nome?
R. Ficou e ainda é conhecida na cidade por Polivalente, devido aos
diversos cursos que ofertava na época.
8. Por que a Escola recebeu este
(e)s nomes?
R. Em homenagem à matriarca da Família doadora do terreno.
9. Quando Esta escola chegou a
cidade de Propriá? Que ano foi inaugurada?
R. Na década de 1980.
10. A que órgão Estadual ela está
ligada?
R. DR’06 (Diretoria Regional de
Educação do Estado de Sergipe)
11. A E.P.S.G. “Joana de Freitas
Barbosa” foi pensada para ser uma Escola de Cursos Profissionalizantes, ela
sempre cumpriu esse papel?
R. No início, sim. Havia uma grande procura, tanto por parte dos
alunos, como de diversos estabelecimentos que queria contratar pessoas com
nível técnico, inclusive a escola mantinha convênio com bancos e outros
estabelecimentos.
12. Como se procedia a Educação
Profissionalizante quando foi ofertada por esta escola?
R. Desde o início, pois, foi inaugurada com o intuito de
profissionalizar jovens para suprir as necessidades do mercado de trabalho do
município e, de outras cidades da redondeza.
13. Quais eram esses cursos
ofertados pela escola, por que acabaram?
R. Além do científico, ofertava os seguintes cursos: técnico em
administração, técnico em saúde, práticas agrícolas, tipografia, datilografia,
magistério, entre outros.
14. Quando o Ensino Fundamental
ou o (1º Grau)? E como era ofertado esse nível do Ensino nesta Escola?
R.( o entrevistado não respondeu essa questão)
15. Como era a estrutura física
da Escola quando foi inaugurada e durante o período do nosso estudo (1980 a
1996)?
R. Não mudou muito coma as reformas que teve. E na última reforma,
houve ampliação de mais um bloco, com o auditório. Além da construção do
ginásio de esportes coberto.
16. Se possível fale como foi a
recepção da cidade com a chegada dessa escola.
R. Foi com a grande expectativa, pois seria a primeira escola pública
de 2º Grau na cidade, dando oportunidade a todos os jovens que desejavam dar
continuidade aos estudos e
especialização para o mercado de trabalho.
17. Como se constituía a Direção
da Escola no período de 1980 a 1996?
R. Diretor e Vice – Diretor.
18. Se possível enumere os
diretores que passaram por ela durante esse período.
R.( o entrevistado não respondeu essa pergunta)
19. Cite nomes de professores que
passaram por a Escola no período de 1980 a 1996 que deixaram sua “marca”.
R. João Moura, Professor Araújo, Jorge Maia, entre outros.
20. Quantos fardamentos oficiais
a Escola já teve? Houve alguma mudança nesse fardamento? Quando? E com qual
diretor?
R. Dois fardamentos. Foi na gestão do professor Gileno Oliveira que
implantou a farda atual.
21. A Escola tem um Escudo, o (a)
senhor (a) sabe o que significa?
R. Ver pesquisa
22. Sabe explicar o Escudo da
Escola?
R. Idem
23. A Escola tem alguma música
oficial?
R. Idem
24. Quais as cores da Escola?
R. Idem
25. O Que o(a) senhor(a) sabe
sobre a fanfarra da Escola?
R. é com o professor Elder, responsável pela Banda da Escola.
26. Como é constituída
atualmente?
R. Idem
27. Como acontecia o processo de Ensino-Aprendizagem na Escola
entre 1980 a 1996? E as avaliações como se davam?
R. Até os anos de 1980, de forma mais tradicional, com a avaliações
sistemáticas. Nos anos 1990, os projetos foram fundamentais no processo
avaliativo e, não somente a prova escrita,
28. Cite exemplos de ex-alunos
que se destacaram na sociedade com alguma profissão.
R. Foram muitos os destaques, porém, ressaltarei alguns: Saulo, Delúcia
Góes, César Santana; funcionários do Banco do Nordeste, este último tornou-se
superintendente. Aelson Vereador hoje preside a câmara de vereadores de
Propriá. E tantos outros que como eu,
tornaram-se funcionários públicos professores da rede estadual, atuando, inclusive no polivalente.
29. A Escola promoveu vários
eventos ao longo da sua História, dentre eles os desfiles de sete de setembro
onde é a escola mais aguardada na avenida, fale desses eventos que o
Polivalente promovia.
R. Sim, o dia sete de setembro é sempre esperado por todos para
assistir a famosa banda de fanfarra do Polivalente; onde destacasse pelos seus
toques irreverentes que mexem com o público.
30. Para o (a) Senhor (a) O que
representa O Colégio Polivalente de Propriá?
R. Foi uma referência na vida profissional de muitos que passaram por
ela, inclusive a minha. Foi nesta escola que tomei a decisão de ser um
profissional da Educação.
31. Fale sobre o Currículo da
Escola nesse período.
R.(o entrevistado não respondeu essa questão)
Prof. Marcelo José
G. Ribeiro
Obs.: autorizo publicação da
entrevista acima prestada para fins estudantis.
ENTREVISTA COM EX- ALUNO
ENTREVISTA
COM WILIA CHAGAS,
EX-ALUNA E ATUALMENTE
PROFESSORA DA ESCOLA.

Universidade Federal de
Sergipe / Universidade Aberta do Brasil
Polo: Propriá-SE - Departamento de História
Componente Curricular: Prática de Pesquisa
Professor: Hemerson Alves de Menezes – Tutor a Distância: Marcelo Santos
Licenciando: Telmo Carlos de Oliveira
Entrevista Sobre o C.
E. “Joana de Freitas Barbosa” – Propriá- Ex –aluno
Nome: Wilia Chagas
Costa Dias da Silva
Idade: 39 anos Sexo: feminino
1. O que levou você a estudar na Escola de 1º e 2º Graus “
Joana de Freitas Barbosa”?
R. Por ser a maior
escola da cidade e pela referência no ensino.
2. Qual o ano ou os anos você Estudou nessa Escola?
R.91 a 93 e de 96 a 99
3. Qual o Curso Escolhido por você?
R. Técnico em administração e Científico
4. Como aconteciam as aulas na época em que você estudava lá?
R. De forma dinâmica
pois havia mais participação dos alunos mesmo não tendo recursos tecnológicos
5. Quais matérias você estudou no curso que fez?
R. Administração,
Contabilidade, Mecanografia, Direito, Ed. Moral e Cívica, Economia.
6. Como era a postura do professor dessa instituição nesse
período?
R Amigável, com
responsabilidade em sala.
7.Como era o perfil do aluno que estudava nessa escola?
R. Os alunos tinham o
compromisso com os estudos, respeito aos professores bem como todos os
funcionários.
8.Fale das aulas de Artes Industriais , Práticas Comerciais,
Práticas Agrícolas e Educação para o Lar.
R.( não estudei essas
disciplinas)
9. Como era o fardamento na sua época de aluno?
R. Já era o fardamento
atual blusa azul e calça jeans.
10. Descreva a parte física da Escola na sua época de
aluno(a).
R. Da época que estudei
houve poucas mudanças na parte física da escola. A última reforma foi
acrescentado mais um bloco e a reforma da entrada no mais é a estrutura
original.
11. Cite nome de profissionais( Diretores e Professores) que
a seu ver, deixaram marcas na História da Escola.
R. Gileno, Acácia,
Edenice,, José Jussiêr, Antônio Nunes, Eloísa Prata, Francisco (Chico)
Expedito, Zeca, Luciano Teles.
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