Por Agamenon Guimarães Oliveira
( resumo do artigo)
A história de
Propriá e do baixo São Francisco vem sendo estudada por cientistas sociais,
preocupados em realçar os fatos considerados mais representativos (...)
De acordo com
Aragão:
“A feira de Propriá se constitui desde sua
efetivação com o progresso da então Vila, como um grande mercado periódico,
exercendo influência em vários municípios sergipanos e alagoanos. Com a
melhoria da malha viária foi possível a formação e o desenvolvimento de outras
feiras, que passaram a concorrer com a de Propriá. O acesso a Aracaju, capital
do Estado foi também bastante facilitado, nos levando a pensar que essas foram
as principais causas da perda de influência do município de Propriá com centro
regional”
Realizada aos sábados, a feira principal
de Propriá é considerada como uma das maiores do Estado e de acordo com DINIZ a
mesma se enquadra no grupo das:
“... feiras muito grandes: de 1000 feirantes em diante”.
Sobre o funcionamento dos mercados periódicos em Sergipe, afirma
também o mesmo autor:
“A periodicidade é parte inerente das feiras que, em sua
maioria absoluta, se realizam apenas um dia da semana.
De um total de 68 localidades. Apenas seis têm feiras, em
mais de um dia: Propriá, Capela, Itabaiana, Simão Dias, Estância e Lagarto”.
Realizada
tradicionalmente aos sábados, a feira de Propriá atrai grande leva de pessoas
do baixo São Francisco – e até mesmo de outras regiões tanto sergipano como
alagoano. A frequência de pessoas “obriga” a feira se ampliar por toda semana (exceto
aos domingos). Cresce assim a feira, em termos quantitativos e no tocante ao
surgimento de novos produtos a serem comercializados. Feirantes antigos
aparecem ao lado de pessoas que se engajaram há pouco tempo no ramo, por
motivos diversos.
A cidade de Propriá
tem em sua feira um atrativo tanto para centros urbanos e rurais, próximo, como
também para idênticos centros localizados nos dias de feira (de segunda-feira a
sábado), sobretudo no dia da tradicional feira do sábado.
O sábado o dia
“símbolo” da realização da feira de Propriá. Atualmente a mesma funciona toda semana,
exceto aos domingos. O porquê da tradição do dia de sábado tem como respaldo os
itens abaixo:
-não ser dia útil;
-possibilitar a vinda de pessoas de Alagoas e de municípios
de Propriá;
-aproveitar a circulação de vários meios de transporte;
-incentivar costume/hábito das pessoas de realizarem
compras.
-ser final de semana.
Assim o sábado se tornou o dia “oficial” da
realização da feira em Propriá. Mas de acordo com a própria tradição, quando o
sábado é dia de feriado de importância nacional ou local, a Prefeitura *
transfere o local de realização da mesma. Também há um outro fator que faz com
que a feira seja transferida de local: as enchentes. Por exemplo, nos anos de
1979 e 1984 nos quais ocorreram enchentes, a feira foi transferida para local
mais alto, livre da “subida” das águas do rio São Francisco.
Segundo informações
obtidas, o número de feirantes pioneiros atingia cerca de 40,com suas barracas
instaladas próximas ao ancoradouro, ou seja, ao porto.
A feira em termos
de tamanho aumenta ano a ano.
(Revista Geonordeste)
Boa tarde, professor. Tudo bem? Estou pesquisando a história de Propriá e gostaria de saber se o senhor poderia me ajudar com indicação bibliográfica. Muito obrigada!
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